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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Resultado Final – 31/08/2013

 

Resultado Final da Carteira do Trimestre Jun/Jul/Ago de 2013, de 01/06/13 a 31/08/13


Finalmente, chega ao seu término melodramático a quinta Carteira Trimestral Recomendada pelo Método GRIFO, a pior até agora, com um período recheado de recordes negativos, tanto absolutos como relativos ao índice que utilizamos para nossa referência, o Ibovespa.

Pela primeira vez, não conseguimos atingir o nosso principal objetivo, que é ter valorização em nossa carteira superior ao índice Ibovespa, referência do mercado brasileiro de ações. Também pela primeira vez, terminamos um trimestre no prejuízo, com o valor final da carteira em um patamar inferior àquele do início.

Fechamos o trimestre Jun/Jul/Ago de 2013 com uma desvalorização de 7,46%. O Ibovespa também se desvalorizou, no entanto, numa escala menor, perdendo 6,54%. Ou seja, tivemos um desempenho de 0,92 ponto percentual inferior ao nosso índice de referência.

O resultado deste trimestre isolado é de destruição de valor, correspondente a uma desvalorização mensal de 2,56%, enquanto o Ibovespa apresentou uma desvalorização média de 2,24% ao mês no mesmo período, uma diferença de 0,32 p.p. ao mês em favor do índice de referência ao longo do trimestre.

Nesse péssimo resultado, tanto absoluto como relativo, aparecem outros recordes negativos. Junho/13 foi o pior mês em termos de resultados absolutos de nossas Carteiras Recomendadas até então, com perdas de 9,10% (o Ibovespa também teve seu pior mês, com desvalorização de 11,31%). Já o mês de agosto/13, sustenta o título de pior mês relativo ao Ibovespa, onde nossa Carteira Trimestral teve ganhos de 1,55% ante valorização de 3,68% do índice de referência, ou seja, ficamos 2,13 p.p. atrás do Ibovespa somente nesse mês. Antes de junho/13, também nunca havíamos experimentado dois meses seguidos de queda, e antes de agosto/13, ainda não havíamos perdido para o Ibovespa por dois meses consecutivos.

Ainda tivemos outros recordes negativos no meio do caminho, como o pior resultado semanal absoluto, na semana encerrada em 22/06/13, quando perdemos 5,38%, e relativo, na semana terminada em 17/08/13, quando ficamos 3,93 p.p. atrás do resultado do Ibovespa na semana. Também tivemos a semana em que ficamos mais afastados da linha do zero, na semana encerrada em 06/07/13, quando marcávamos um prejuízo de 12,77% no trimestre, e a semana em que ficamos mais afastados do índice de referência, que foi na penúltima semana do trimestre, quando encerramos o dia 23/08/13 com 4,44 p.p. de desvantagem em relação ao Ibovespa.

A precisão da Carteira Recomendada no trimestre foi terrível, de apenas 17,6%, com somente três das dezessete empresas da carteira terminando com resultados positivos. Essa “imprecisão” também bateu recordes. Por três semanas não tivemos nenhuma empresa apresentando valorização desde o início do mês de junho/13, marcando uma precisão de 0,0%, e na penúltima semana do trimestre, terminada em 24/08/13, marcávamos a menor precisão relativa obtida até então: 23,5%, com somente quatro empresas com desempenho superior ao Ibovespa. Nossa precisão relativa acabou fechando em 35,3%, com seis das dezessete empresas ficando acima do Ibovespa. Tanto a precisão absoluta quanto a relativa nunca haviam terminado o trimestre abaixo de 58,8%.

Mas também não foi um trimestre fácil para o Ibovespa não. O índice de referência do Mercado de Ações brasileiro teve seu ponto mais baixo desde o acompanhamento do blog, no fechamento da semana encerrada em 06/07/13, quando o Ibovespa marcava 17,03% de desvalorização acumulada, e 15,51% de perdas somente neste trimestre. O Ibovespa também marcou na semana encerrada no dia 1º de junho/13 seu pior desempenho semanal absoluto até aqui, fechando essa semana com 5,14% de desvalorização. No mês de junho/13, o Ibovespa fechou com queda de 11,31%, e esse foi o pior mês para o índice desde o início do acompanhamento pelo blog, em junho/12. Ou seja, foi um trimestre em que não foi fácil para ninguém.

No entanto, refazendo as análises das mudanças procedidas no final do trimestre anterior, vimos que tivemos acertos. Temos a Kepler Weber (KEPL3), que foi uma das novas entrantes na carteira, como um tiro na mosca. Apesar da entrada na empresa já num patamar de preços bastante elevado, no maior nível em dois anos e meio, a empresa correspondeu às expectativas colocadas nos incentivos governamentais para o financiamento de linhas de armazenagem aos produtores rurais. Suas ações se valorizaram 24,9% no trimestre e com isso foi a grande vencedora no período. Curioso notar que é a segunda vez que a Kepler Weber participa de nossa composição e, pela segunda vez, ela é a empresa que mais se valoriza no trimestre. Com isso, a Kepler Weber (KEPL3) passa a Grendene (GRND3) como a empresa que mais gerou lucros às Carteiras Recomendadas pelo Método GRIFO.

O Paraná Banco (PRBC4), que foi a outra empresa estreante, também teve um desempenho superior à média da Carteira Recomendada e mesmo superior ao Ibovespa no período, caindo 4,3%. Já a Petrobras (PETR4), embora tenha se desvalorizado 16,5% no período e não ter sido, nem de longe, uma boa escolha, traz o acerto da análise quanto ao spread com as ações ordinárias (PETR3), que encontram-se em 5,2%, apenas um pouco abaixo da diferença de 5,7% que existia quando da troca das ações ordinárias (PETR3) pelas preferenciais (PETR4), no início do trimestre.

As cinco empresas que saíram da carteira também apresentaram todas resultados negativos. No entanto, duas delas tiveram resultados melhores que o Ibovespa e, consequentemente, que nossa Carteira Recomendada. Foram as ações da Grendene (GRND3) e da Klabin (KLBN4), que caíram 3,1% e 3,2%, respectivamente. As outras três exclusões se mostraram acertadas, já que a Companhia Providência (PRVI3) teve queda de 18,6% no período, a COPEL (CPLE3) de 24,5%, e o Banco Pine (PINE4), que despencou 30,3%. As duas últimas, tanto caíram que viraram pechinchas, e voltaram agora na sexta Carteira Recomendada pelo Método GRIFO, para o trimestre Set/Out/Nov de 2013. Pelo menos isso mostra que, apesar do resultado negativo, pelo menos duas em cada três decisões tomadas no início do trimestre foram acertadas.

Como já comentamos, a Kepler Weber (KEPL3) foi a grande vitoriosa da Carteira Recomendada pelo Método GRIFO deste trimestre, com 24,9% de valorização, seguida de perto pela MRV Engenharia (MRVE3), que se valorizou 23,4% no período. Três empresas tiveram desempenho notavelmente ruim, sendo elas o Banco Daycoval (DAYC4), que caiu 19,6% ao longo desses últimos três meses, a Saraiva Livreiros Editores (SLED4), que caiu 24,1% e, por último, a Direcional Engenharia (DIRR3), que ficou na lanterna da Carteira Trimestral com perdas de 25,6%. Como a situação dessas empresas não se deteriorou tanto assim, as manteremos na próxima Carteira Trimestral, da mesma forma que fizemos com a MRV Engenharia (MRVE3) no trimestre anterior, e que deu certo.

O quadro resumo, ao final do período compreendido pelos meses de Jun/Jul/Ago de 2013, ficou com o horrível aspecto abaixo:

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O gráfico de barras mostra como a Carteira Recomendada pelo Método GRIFO vinha acompanhando o Ibovespa de forma surpreendentemente próxima até meados de julho/13, onde os resultados dessas duas composições passaram a ter comportamentos diferenciados. Também é notável o mergulho nas cinco primeiras semanas do trimestre (com exceção da última semana de junho/13).

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O gráfico de linhas mostra que ainda ficamos a frente do Ibovespa durante a maior parte do período, sendo ultrapassados a três semanas do fim do trimestre. Na última semana, ainda há uma queda brusca do Ibovespa que não é acompanhada pela Carteira GRIFO, o que diminuiu a amargura do resultado final.

Também é interessante observar nesse gráfico que durante todo o período de junho a agosto de 2013 tanto a Carteira Recomendada pelo Método GRIFO quanto o Ibovespa trabalharam sempre no terreno negativo, sem que tivessem ficado acima do zero em nenhum momento.

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O Coeficiente de Variação da Carteira Recomendada pelo Método GRIFO nesse trimestre voltou a ter módulo inferior ao do Ibovespa (-4,67 contra –7,72). Já a correlação entre as composições, que foi muito alta no início do trimestre, acabou fechando em 82,0%, só um pouco acima da média (81,1%).

Na próxima postagem irei revelar a composição da nova Carteira Recomendada pelo Método GRIFO, que irá vigorar de 1º de setembro até o final de novembro de 2013. Já posso adiantar que voltaremos a ter vinte empresas, com três papéis se despedindo e outros seis entrando para compor a carteira (dois dos quais já foram revelados nesta postagem).

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